A coisa que mais me faz gostar de eventos culturais é quando eu posso interagir, fazer parte, colocar a mão na massa... e é com esse princípio que se desenvolve o Projeto Calo na Mão. A iniciativa propõe a inclusão e a sociabilidade de pessoas de todas as tribos e classes sociais, através da promoção do Maracatu de Baque Virado. E é ao mesmo ritmo dos tambores e agbês que rodam as saias das meninas, que balançam os cachos dos rapazes e que pulsam os corações de todos que ali se entregam ao ritmo. Felicidade, essa foi a palavra mais próxima que encontrei para traduzir o sorrisos daquele amontoado de figuras singulares que se despersonificavam e tornavam-se um só balanço de corpo e uma só batida de pés. Tendo como reduto a Escola Professor Antonio Alvez Cruz, o batuque do maracatu toma conta do bairro do Sumaré todos os sábados das 14h às 17h, sendo o expediente esticado em um bar próximo, onde mal se tem cerveja. Mas logo os dissidentes do bloco do maracatu vão lotando a rua e ao som de um bom mpb descompromissado tocado em uma das mesas o lugar que parecia não oferecer nada demais te prende até lá pelas 20h quando já tomados pelo inebriamento do álcool todos se arrastam para as suas casas sabendo que no próximo sábado, tem mais!
Mais informações: www.calonamao.com.br
(imagem de: http://www.flickr.com/photos/cicomurisoca/4110130960/)
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